planejando a sua jornada para cloud computing

Grátis o Segundo Capítulo – Planejando a sua Jornada para Nuvem

Estou disponibilizando gratuitamente o segundo capítulo do primeiro e-book do Guia Jornada para Nuvem. Este é um capítulo introdutório que apresenta uma visão mais ampla do pilar de planejamento para nuvem.

 

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Pensar em uma jornada para a nuvem nos remete a uma análise que vai muito além da própria tecnologia que a cerca, isto é, pensar em Cloud Computing com o objetivo de obter todos os ganhos que ela poderá trazer aos negócios requer uma análise mais profunda, tanto sobre como alinhar as estratégias da TI e do negócio com as ações e projetos em nuvem quanto sobre como adaptar ou criar novos processos e métodos de trabalho na TI, a fim de que não nos limitemos aos potenciais ganhos e benefícios da nuvem.

Pensar na jornada para nuvem é também pensar nas pessoas e na forma como elas estão sendo diretamente impactadas por esta mudança, afinal, novas experiências de uso através de novas ferramentas e serviços são lançadas diariamente e quase sempre com foco no aumento da produtividade. Neste contexto, as equipes da TI também estão passando por grandes transformações, novas metodologias e modelos de trabalho estão sendo criados e implementados, remetendo assim a uma mudança cultural dentro da própria TI.

A nuvem é o ponto de partida para muitas empresas, um exemplo disto são as Startups, que vêm atingindo um crescimento exponencial e se beneficiando da agilidade, flexibilidade e capacidade computacional da nuvem. Mas não apenas estas empresas estão nesta jornada, empresas grandes e já consolidadas estão iniciando ou já iniciaram a sua longa caminhada para a nuvem. Uma coisa é certa, independente dos motivadores de cada empresa e das estratégias da TI no processo de adoção de nuvem, um dia todas as empresas estarão rodando muitos de seus serviços dentro dela. Para muitas empresas o cenário será híbrido, ou seja, parte de seus serviços estarão em nuvens públicas enquanto outras partes permanecerão “dentro de casa”. Ainda não podemos dizer que a adoção da nuvem pública será de 100% para todas as empresas, talvez isto seja uma utopia, principalmente para as médias e grandes corporações.

O contexto econômico das empresas vem mudando há muitas décadas, assim como o papel da TI dentro das organizações. A TI de hoje é capaz de criar e transformar negócios físicos em negócios 100% digitais, até então isto parecia ser um sonho, mas que agora se tornou uma realidade, ou melhor, uma necessidade. Assim, quem não se adaptar a este novo cenário correrá riscos de ver o seu negócio desaparecer em pouco tempo, isto é, ser engolido por concorrentes que muitas vezes já serão empresas 100% digitais. É a velha história de Davi e Golias, ou seja, a democratização da tecnologia através da nuvem tem feito com que os “Davis” (pequenas empresas) estejam engolindo os “Golias”, principalmente porque “Golias” (as grandes empresas) é lento e grande e, em certos momentos, resistente às mudanças.

Diante deste cenário, podemos ver a que Cloud Computing é, sim, um fator que trará ganhos e diferenciais competitivos para as empresas.

Mas como nós da área de Tecnologia da Informação podemos garantir e medir estes ganhos dentro de um processo de adoção de nuvem?

Como podemos mostrar para as empresas que a nuvem é mais vantajosa do que manter uma infraestrutura dentro de casa, mesmo que muitas vezes o seu custo seja mais elevado quando comparado aos recursos internos?

Como transformar a TI em um agente de inovação através do uso da Cloud Computing?

Tudo isto é possível?

Sim, tanto é possível quanto facilitado pelos diversos modelos de serviços que compõem a nuvem, mas nem tudo acontecerá do dia para a noite, o caminho será longo e demandará uma visão de futuro de todos aqueles que estão empenhados nesta jornada. Fato é que teremos que balancear algumas decisões, pois nem tudo na nuvem ainda funciona no estado da arte, riscos deverão ser analisados e compartilhados, mas jamais ignorados. O fator redução de custo pode ser uma realidade, mas dependerá de investimentos iniciais para adaptação dos sistemas e aplicações para o modelo em nuvem. Não basta apenas migrarmos nossas soluções do datacenter local para a nuvem e esperar que ganhos como elasticidade e escalabilidade sejam obtidos de maneira instantânea, vale lembrar que fazer as coisas na nuvem é diferente quando comparado aos modelos tradicionais de serviços de TI, infraestrutura e programação de aplicações. Outro erro é pensar que a nuvem poderá gerar uma redução dos custos da TI no momento zero. Existirão custos iniciais para migração devido à necessidade de duplicação de ambientes, assim como será necessário investir em treinamentos e em ferramentas para automatizar a operação dos serviços da TI na nuvem.

Ao longo de sua jornada para nuvem também será necessário gerar e mostrar os seus benefícios para o negócio, por este motivo é fundamental a criação de um planejamento que envolva desde o alinhamento entre as estratégias da organização e da TI até as decisões sobre quais projetos poderão nascer ou ser implementados dentro da nuvem, para que dessa forma a empresa comece a perceber os ganhos deste novo modelo computacional. Talvez a melhor dica para aqueles que estão iniciando a sua jornada seja: comece pequeno e comece “experimentando a nuvem”.

Para que você possa construir uma estratégia de nuvem eficiente e eficaz será fundamental que você conheça as estratégias e os objetivos da organização onde sua TI está inserida. Parto aqui do princípio de que todas as empresas possuem um planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo. Dessa maneira será fundamental que a TI tenha conhecimento desse planejamento para que desenvolva uma estratégia alinhada aos objetivos da organização na qual ela está inserida. É necessário olhar para dentro da TI e entender os seus ambientes e serviços e como estes suportam os processos que sustentam os objetivos estratégicos da organização. Uma vez entendido, será fundamental definir um roadmap de migração dos serviços atuais para a nuvem, assim como será necessário compreender como seus fornecedores de tecnologia estão planejando a evolução de seus produtos e soluções ao longo do tempo. Será necessário identificar os serviços de TI implementados que de alguma forma possam ser redundantes, para que estes sejam consolidados ou até mesmo substituídos por algum novo serviço ofertado na nuvem.

Uma empresa sem um planejamento estratégico é uma empresa cega, assim como uma TI sem uma estratégia alinhada à organização também será. Já dizia o ditado, se você não sabe para onde ir então qualquer lugar estará bom. Reflita sobre isto antes de pensar realmente na nuvem, avalie as estratégias de sua empresa e também de sua TI. Questione se as estratégias estão em sinergia antes de traçar o seu planejamento para a nuvem.

Outra reflexão que a TI deverá fazer é sobre a definição de seus objetivos com a nuvem. De maneira geral, os principais objetivos estarão relacionados à:

  • Redução dos custos da TI.
  • Melhoraria dos serviços implementados.
  • Obtenção de maior acesso à inovação.
  • Solução de problemas de capacidade ou disponibilidade.
  • Necessidade de escalabilidade e melhor agilidade na entrega dos serviços de TI.

Tente pensar em cada um desses objetivos e traçar uma estratégia de adoção para cada um deles. Pense também em cada modelo de nuvem (IaaS, PaaS ou SaaS) e qual deles melhor atenderá a cada um de seus objetivos. Não existirá apenas um objetivo, e sim uma combinação de vários. Priorize seus objetivos e os alinhe às estratégias da sua TI e da sua organização.

Falar em Cloud Computing é falar também em inovação. Muitos falam atualmente em tecnologias disruptivas enquanto outros falam sobre o quanto a TI deverá ser capaz de inovar dentro das organizações. Não podemos discordar dessa necessidade, pois a TI de hoje é um agente de transformação nas organizações e a nuvem é a grande viabilizadora deste processo de transformação. Não podemos pensar também apenas nas mudanças tecnológicas, mas também devemos analisar o seu impacto nos processos de negócio e nas pessoas de dentro e de fora da TI.

Os processos e a governança de TI são importantes para manter as regras e as coisas funcionando corretamente, porém cuidado para que eles não limitem você a obter os ganhos que a nuvem poderá oferecer. Repense os processos da sua TI e, se necessário, crie novos processos que possam simplificar ou dar a agilidade necessária para a TI e para o negócio. Analisar novos métodos de trabalho também farão parte de sua jornada para nuvem, por isso pense nos métodos ágeis para o gerenciamento de projetos e avalie os possíveis ganhos dos conceitos e culturas propostas pelas práticas de DevOps.

Monitorar o portfólio de projetos da TI também poderá ser uma boa estratégia, pois dessa maneira será possível capturar oportunidades de projetos para a nuvem, porém não devemos olhar apenas para os novos projetos, temos que olhar também para os projetos em andamento e para aqueles que visam a manutenção e a melhoria de algo que já esteja implementado no datacenter local.

Inovar é preciso, capturar oportunidades e projetos para a nuvem é fundamental ao longo de sua jornada, mas nada disso terá valor se você não for capaz de manter tudo que já está em produção funcionando corretamente. A nuvem traz grandes ganhos para a TI no que diz respeito às possibilidades de automatização da gestão e operação dos serviços de TI, seja através do deploy automatizado de aplicações ou até mesmo pelo monitoramento e orquestração dos serviços na nuvem. Muitos desses benefícios dependerão da correta definição da sua arquitetura, por isso é fundamental que sua estratégia de nuvem seja tratada como um plano coeso e que as ações sejam coordenadas de forma integrada.

A segurança da informação é outro pilar desta jornada e algo de extrema importância na nuvem. A cada dia que passa a TI está ampliando as suas fronteiras para além dos seus datacenters e, do ponto de vista de segurança, será fundamental entender como podemos proteger os dados da empresa na nuvem. Não questiono aqui as tecnologias utilizadas para prover a segurança existente nos maiores provedores de nuvem, afinal, muitos deles possuem certificações internacionais relacionadas a boas práticas em segurança da informação, mas é importante avaliar a sensibilidade e o nível de confidencialidade dos dados que serão armazenados na nuvem. A nuvem tem uma abrangência global e por este motivo está sujeita a legislações de diferentes países. Felizmente alguns provedores de nuvem possibilitam que você defina o local de armazenamento dos seus dados, ou seja, é possível definir o país ou região onde os dados ficarão armazenados evitando assim que estes fiquem suscetíveis às legislações estrangeiras.

Nesta jornada será necessário avaliar criteriosamente os modelos contratuais dos serviços em nuvem, principalmente as regras de saída de um provedor de nuvem a fim de evitar o “Lock-in”. Algumas vezes, negligenciamos este tipo de análise, porém isto não deverá ocorrer ao se contratar um serviço em nuvem. Lembre-se de que dificilmente você será um cliente estratégico para um grande provedor de nuvem, seja qual for o tamanho de sua empresa. A nuvem é global e tanto faz para o provedor o tamanho de sua organização, pois este terá tantos outros clientes iguais ou até maiores do que a sua empresa. Por isso a análise do modelo de contratação de um serviço em nuvem passa a ser uma atividade de extrema importância para a TI.

 

Autor: Daniel Rosa

3 thoughts on “Grátis o Segundo Capítulo – Planejando a sua Jornada para Nuvem”

  1. Boa tarde.

    A mais de uma ano atrás eu fiz a compra do e-book do primeiro pilar do jornada. Gostaria de saber como faço para adquirir os demais, procurei na amazon.com e não encontrei.

    Agradeço o retorno

    1. Oi Maurício, boa tarde.
      Primeiramente espero que o primeiro trabalho tenha agregado ou contribuído de alguma maneira para você.
      Eu tive que dar uma parada no projeto, tive alguns imprevistos pessoais e também o trabalho vem me consumindo muito.
      Estou retomando agora, mas ainda atualizando partes do que já estava escrito do livro 02.
      Não quero dar nenhuma data, o primeiro livro levou 8 meses para ficar pronto, mas graças a Deus os feedbacks foram muito positivos e isto me da energia para seguir em frente.
      Continuo trabalhando no projeto jornada para nuvem, quem sabe até o final deste ano consigo lançar o segundo.
      Um grande abraço e obrigado pelo contato.
      Att.
      Daniel Rosa

  2. Boa tarde.

    Estou realizando um trabalho sobre o jornada e gostaria de ler os demais e-books.
    Agradeço o retorno

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