Arquitetura… Fuja do atoleiro do “AS-IS”

Em um projeto de Arquitetura Corporativa, muitas equipes de arquitetura caem na cilada de tentar mapear a organização inteira, pensam que a arquitetura tem que mapear o maior nível de detalhe possível do que chamamos de “AS-IS” dentro dos quarto domínios da arquitetura. A arquitetura que gera valor e entrega resultado para as empresas deve ter um foco no “TO-BE”, o as-is é importante e auxilia na identificação dos Gaps que servirão de base para definição dos roadmaps em direção a estado futuro necessário (TO-BE).

Gaps existirão em todos os domínios, por este motivo o TOGAF aborda na Fase E (Oportunidades e Soluções) do seu método ADM a necessidade de definirmos os pacotes de trabalho agrupados de maneira lógica, pacotes de trabalho que são organizados logicamente com base nos gaps e nas mudanças necessárias. Cada pacote de trabalho deve gerar um valor para a empresa, assim como nas metodologias de desenvolvimento de software, onde cada nova iteração deve entregar uma nova funcionalidade, um pacote de trabalho inserido no roadmap da arquitetura deverá gerar um resultado para a organização.

Muito se fala das arquiteturas de transição, elas são importantes e fazem parte do roadmap, mas tenha em mente, arquitetura de transição serve para gerar valor de negócio contínuo, ou seja, entregar algo que funcione e que possa viabilizar e oferecer benefícios para o negócio. Muitas vezes também chamados de “quick-wins”, ou seja, pacotes de trabalho de baixo custo, baixo risco e de rápida implementação.

Ficar no atoleiro do as-is tira o foco de criação de valor e da entrega incremental e muitas vezes gera uma complexidade desnecessária.

Por: Daniel Rosa

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